terça-feira, 19 de março de 2013

CUIDEMOS DO JARDIM


É engraçado perceber como perdemos tempo com coisas que por vezes nos parecem desnecessárias. Como tal coisas “desnecessárias” nos passam despercebidas enquanto úteis ou perto demais.
Parecem que ficam envoltas numa nuvem, numa sombra, numa penumbra de puro desdém. Ou na verdade de nosso comodismo egoísta que pensa que aquilo sempre estará ali à nossa disposição, à nossa hora ou mesmo por tempo indeterminado. Não é perecível, podemos dispor dele quando bem quisermos: um pouquinho hoje, 30 gramas amanha e talvez meia dúzia semana que vem.
Enquanto isso, podemos usar outros brinquedos, outras receitas, tentar outras emoções... Afinal de contas, é “indestrutível”... Praticamente inoxidável!
Como essas coisas não estragam, podemos usá-las hoje, amanha, e deixar pra prateleira de nossas vidas o tempo que julgarmos desnecessário. “fique ai até segunda ordem”. Afinal de contas, essas “certas” coisas são imutáveis!
Ledo engano.
Assim como a própria vida, tudo nela muda. O universo está sempre em expansão. Nada nessa vida é imutável, nem mesmo as pedras que parecem por vezes inquebrantáveis! Vêem as intempéries e o tempo, senhor de tudo, e pronto: Alea jacta est!
Precisamos tratar as coisas como jardins de borboletas. Precisamos cuidar das flores. Elas são o nosso símbolo, é por ela que as borboletas vêem e nunca pelo jardineiro. Esse, é mero espectador da magia das coisas, beira o passageiro da agonia.
É preciso coração nas coisas que fazemos, pouco importa o que sejam. Coração! Coloque-o em tudo que faz e verás borboletas aos borbotões em seu jardim!
Não espere que o inoxidável enferruje, que o inquebrantável se parta, o indestrutível vire pó. Não espere a hora certa, o dia exato ou a lua cheia pra dizer que ama alguém, que sente saudade, pra fazer um gesto de carinho, pra dar um carinho, um abraço, um afago, não importa se esse alguém é sua mãe, seu irmão, seu namorado, seu amigo ou um mero conhecido... Quiçá um estranho.
A vida é breve, é um sopro, e quando vemos, só o que restou foi a saudade.
O amanhã? Ele é distante! Faça o seu tempo hoje! Se permita! Se entregue!
O amanhã? Mera ficção, pode não exitir...

quarta-feira, 13 de março de 2013

Habemus Papam!

Evangelizo vobis gaudium magnum: Habemus Papam!
"Irmão vento, irmão, irmã lua...
Irmão lobo tu és meu irmão...
Rouxinou, sabiá, criaturas de Deus, somos obras de Suas mãos!"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Desenho de giz

As vezes, alguém já disse por nós...

"Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas, qualquer cicatriz
A ilusão do amor
Não é risco na areia, é desenho de giz
Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir
Aí minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorri também
Quem pode querer ser feliz
Se não for por um grande amor..."

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Reflexão

Engraçado como as coisas são.
O velho ditado sempre haverá de estar certo: não há coisa ruim que não piore!
Quando você pensar que está no fundo do poço, e que não mais mais lama que te afunde, que o pé ja bateu no fundo, vem alguém e te mostra que ainda tem muita lama pra você engolir!
É amigos, a vida é doce mas não é mole!
E se há uma alguma coisa de engraçada nisso tudo é o fato de que olhando de baixo as coisas são realmente maiores!
De tudo, fica um a lição. Independente da profundidade e do cheiro da lama, um dia você sai dela. Cheiroso ou não. Contudo, é preciso tirar lições de tudo isso. Uma delas é: não cometer o mesmo erro.
Ainda bem que a roda gingante da vida nunca pára! E é por não parar que temos a certeza de que se hoje estamos por baixo, amanhã estaremos por cima, mesmo que esse amanhã seja distante!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Viva!

Dizem que o ano só começa depois do carnaval, então segue uma crônica feita depois do ano novo "oficial".





VIVA!

É engraçado essa coisa de ano novo... a gente faz um monte de promessa e joga nas costas do ano que se inicia um outro tanto de coisas, de desejos e fantasias de uma vida nova, quando sabemos que o novo não é a vida nem o ano, mas a postura que tomamos ante a própria vida.
A forma como vemos as coisas que se passam por nós e a atitude com a qual as encaramos é que nos faz novo.
Não se pode pedir a um pé de figos que o mesmo dê maçãs. Precisamos entender como as coisas funcionam, assim é a vida.
O ano novo é meramente simbólico. E é essa simbologia que precisamos transportar para o nosso dia a dia. Senão de que adianta pedidos e desejos? Os mesmos também são simbólicos. Temos que mudar são as nossas atitudes.
Precisamos fazer o novo pra ter o novo, para ser o novo, senão de que adiantam os pedidos? Os desejos?
Vamos deixar a mesmice de lado e busquemos o novo, o inusitado. Caso contrário, se continuarmos fizermos as mesmas coisas obteremos os mesmos resultados.
“É como amar uma mulher só linda, e daí?”
Se continuarmos a contemplar sua beleza, a mesma fenecerá. Pois toda beleza tem seu lado feio. É preciso fazer as coisas acontecerem, se permitir. Permitamo-nos o novo, vivamos a vida como a mesma se oferece. Deixemos essa vidinha pra lá.
Senão, de que vale a vida?
É como não dizer a mãe: eu te amo! Da mesma forma é como não dizer a mulher amada que a ama!
Vamos amigo! Viva! Sem medo!
Dê o que recebe! E receba de bom agrado aquilo que lhe é dado!
Se recebes amor, devolva amor!
No final das contas, o que se leva dessa vida, é a vida que se leva, então, faça valer a pena!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Soneto embriagado de mar

Com a cabeça molhada de chuva e a boca embriagada de mar
Busquei encontrar o que nunca antes houvera perdido
Procurei achar o que nem mesmo eu nunca quis encontrar
Sendo novamente na lista dos amantes inscrito

Traição elegante esta, meu coração está a me pregar uma peça
Amando mais uma vez, sofrendo mais uma vez, sonhando mais uma vez
Lindo sentimento, podem dizer, na verdade martírio sem que se meça
Inútil agora é fugir, enredado estou, cativo de vez da sua tez

Não há formula que traga salvação nesse momento
Existe apenas conformidade e quiçá sublimação
Impiedosamente refém do amor me tornei ante teus olhos

Dir-te-ei tudo que manda minha emoção, sem imbróglios
Serei teu namorado e tu serás a minha verdadeira paixão
Sem normas e sem ninguém entre nós como impedimento

terça-feira, 31 de maio de 2011

Para Um Amor no Recife


A razão porque mando um sorriso
E não corro
É que andei levando a vida
Quase morto
Quero fechar a ferida
Quero estancar o sangue
E sepultar bem longe
O que restou da camisa
Colorida que cobria minha dor
Meu amor eu não esqueço
Não se esqueça por favor
Que voltarei depressa
Tão logo a noite acabe
Tão logo este tempo passe
Para beijar você