terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RECEITA DE ANO NOVO


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Drummond

sábado, 27 de dezembro de 2008

Soneto do Poetinha (da redenção)


Melancolia é tudo em suma
Resumo de todo o meu ser
Minh’alma hoje se exuma
Não sei mais sem você viver

Busco no meu “Poetinha”
Respostas a essa insana paixão
Não se faz possível calar meu coração
Não há mais o medo que o detinha

O Poeta hoje me redime
Tal dor, não mais me oprime
Teu olhar me faz luz

Ó amada, salvai-me com teu amor
Dá-me teus braços sem pudor
E lembra que meu amor só a ti conduz

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Poema de Natal


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar,
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses,
Mãos para colher o que foi dado,
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida;
Uma tarde sempre a esquecer,
Uma estrela a se apagar na treva,
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar,
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço,
Um verso, talvez, de amor,
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça

E que por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

VANDALISMO-ARTE


E o vandalismo-arte continua. A pichadora da Bienal foi solta, os caras continuam zoando as placas, eu continuo publicando e não quero ser chamado de incentivador da destruição dos bens públicos.

Mas que eles são criativos são.

“Cuidado, Saci na pista”

Só faltou o gorro e o cachimbo, mas aí seria pedir de mais, né?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mais sugestões


Tá duro e desesperado porque ainda não conseguiu comprar o presente de natal das criança tudo?! Corra pro mercadão mais perto de sua casa e mande ver nessas marcas sensacionais. Ninguém vai notar a diferença...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sugestão...


Imagine a seguinte situação: amigo oculto (secreto, invisível etc) na sua firma e por ordem e graça do destino você tirou o seu chefe. Não sabe o que dar?! Nossa sugestão!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

TRABALHO MOLE


Já estamos no dia 17 de Dezembro, todas as contas venceram ontem e você já está pagando multa, não é? A grana não está dando para comprar os presentes de natal e o seu chefe está te enrolando para liberar o 13º?

Calma, respira fundo pois podia ser pior.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que fazer com um soneto?


E no fim? E o que resta no final de tudo?
O que resta quando apagam as luzes?
O que fazer quando tu não mais conduzes?
O que fazer quando após o gole resta o copo, fundo?

O que fazer com o amor que foi ofertado?
Com as lembranças, os presentes, os mimos?
A memória, o arquivo que não pode ser deletado?
E os suspiros quando fatalmente surgirem, oprimimos?

E esse gosto amargo que ficou insuportável na boca?
O que fazer quando as lagrimas teimam em descer?
O que fazer com a dor? Esta não, esta é sem par!

O que fazer quando o oxigênio some aos pulmões, sem ar?
O que fazer com essa alma rota, gasta, doida, sofrida, oca?
O que fazer da vida, já sem sentido? Sem ela, o que fazer?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

VANDALISMO-ARTE


A sagacidade do malandro é notável. Um cidadão dotado de pensamentos sombrios, com traços de vandalismo e descaso com os bens públicos não somente picha muros e placas como deixa o seu aviso para os que irão prestigiar a sua “obra”.

E às vezes eles são imbatíveis.

Há quem julgue a obra como uma ação ‘viral’ para algum puteiro da cidade.

Faz sentido.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Crise


A crise americana quebrou muita gente além dos grandes banqueiros. Milhonários perderam muito dinheiro, os pequenos faliram e os super-heróis buscam novas fontes de renda.

O Pinguim está dando aula de nado sincronizado, o Coringa ensina truques de baralho em Las Vegas e a Mulher Gato anda bebendo leitinho… alheio.

Se é que você me entende.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Soneto da saudade




Saudade, tudo hoje é saudade
Saudade da saudade de você
Saudade sem pra quê
Saudade da sua sinceridade

Saudade da carne trêmula
Saudade do amor frívolo
Saudade do pequeno ístimo
Saudade da sua flâmula

Saudade do beijo seu
Saudade do amor que você me deu
Saudade dos nossos tépidos carinhos

Saudade de fazer o seu caminho
Saudade que me deixa aflito
Da saudade que ainda sinto

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Soneto de separação


Mais uma vez me encontro sozinho com a minha solidão
Caminho antes já arduamente trilhado por meu coração
Uma vez me pedistes compreensão, lhe foi dada
Uma vez pedi explicação, a mim, ela foi negada

Preso com minhas duvidas e angústias me encontro
Absorto em pensamento que não me levam a lugar algum
Sigo a ermo, sem destino, sem futuro, sem achar um porto
Caminho solitário na escuridão da noite sem amor nenhum

A tristeza foi o que me restou do amor que a ti jurei
A saudade é quem me faz companhia doravante
Abrandar a dor que corrompe minha alma tentarei

Juntando os restos de meu amor próprio irei adiante
Sequioso do teu corpo junto ao meu aprenderei a viver
Para morrer na saudade, a qual fui relegado, não morrer.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Como tudo termina?


E no final, como é que tudo termina?

Onde tudo termina?

Termina sempre com uma cara triste...?

Termina com um copo vazio...?

Termina numa cama vazia...?

Termina em uma lágrima caída...?

E agora?

Como é que tudo termina?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Vice da Gama


Minha mais sincera homenagem ao Clube de Regatas Vice da Gama.
Vaiscaindos queridos, não se preocupem, o vice da segundona também sobe!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

domingo, 7 de dezembro de 2008

Infalível


Fala a verdade! Com as dicas do Adamastor, todo pé descalço vai encontrar seu sapato velho.

sábado, 6 de dezembro de 2008

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Assassino de demônios


E da língua portuguesa.

Fanatismo religioso + Paint Brush + Ensino fundamental incompleto dá isso ai.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dôeu??


Algumas cidades brasileiras estão aprimorando e incentivando o turismo sexual nesse final de ano. Isso aumenta a circulação de dinheiro no município e faz bem para a economia, no entanto os mais tradicionais não estão acostumados com essa modernidade toda e se previnem.