Por mais que faça, que tente
Não adianta fingir, esconder
O que o peito flagelado sente
O que já não posso dizer
A angústia aflita espera
Só me resta a quietude
Do silêncio que não é atitude
Mas que apenas pondera
Calma, muita calma nessa hora
Apesar do medo que hoje apavora
Nunca foi tão dura a incerteza
Há de haver no entanto, clareza
Há que o coração escolher
Há, também, que o destino querer
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