segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Perdido na selva de mim mesmo...




Depois de dias ponderando sobre o imponderável, justificando o injustificável, achando desculpas pra si mesmo, Juarez se vê só, sozinho como nunca havia se sentido na vida... Uma sensação estranha, um vazio no peito, um oco... Um abismo... Coisa tal qual a fossa das marianas...
Uma angústia dilacerante percorreu seu ser, rasgando-o em carne viva... Sentiu aquela dor percorrer desfibrilando os músculos do seu corpo... Uma agonia, uma dor, uma saudade.
Sentiu-se criança, indefeso, inseguro. Clamou inutilmente pela mãe, mas essa já não havia há muito tempo. Fumou todos os cigarros quem encontrou pela casa. Nem as garrafas de água escaparam da sua sede alucinante.
Desorientado, perdido, cego... Um náufrago em si mesmo... Perdido na selva de suas paixões, de suas desilusões.
Feito cão vadio, bêbado dormindo em calçada, folião na quarta-feira de cinzas... Olhou para os lados, para cima... Não sabia o que fazer com aquilo que lhe sufocava. Pareceu que lhe furtaram o ar.
Por fim... absolutamente perdido em devaneios, angustiado com a dor que lhe afligia, correu para seu último refúgio, sua cama. Deitado, ébrio, confuso, percebeu que tem momentos na vida que é preciso mudar. Ficou feliz com a sua conclusão, mas resolveu deixar isso para um outro dia, afinal de contas, estava muito bêbado pra mudar alguma coisa àquela altura dos acontecimentos. Pensando assim, dormiu.

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