terça-feira, 1 de abril de 2008

Soneto do absurdo




Uma ponte nos separa, mas a verdade é que a distancia é bem maior
Maior que essa ponte, maior que essa noite, maior que tudo
Quiçá a distancia de uma vida, de uma encarnação, quiçá menor
Quem dera não fosse maior que a dor da saudade a que aludo

Divino seria se não fosse o muro com o qual tu te fechastes
Perfeição seria o sinônimo disso tudo, feito à mão
Sublime, repleto de formosura, nós, longe da multidão
Sem medos ou receios ou nenhuma dessas menores artes

Mas a vida não quis assim, o destino não nos permitiu
Tu não sorristes para mim, e virando as costas, fugiu
Deixando-me a solidão por companhia única

Vesti-me com o que me destes, essa pesada túnica
Mais uma vez a vida me apresentou teu revés
Então sigo nessa vida ermo, de viés.

2 comentários:

Gabriela. disse...

"Vesti-me com o que me destes, essa pesada túnica
Mais uma vez a vida me apresentou teu revés
Então sigo nessa vida ermo, de viés"

Porra, isso é massa.

Já disse o quanto invejo quem sabe fazer soneto e poesia, né?

On disse...

hauhauahuahauhauhh
entao vc segue com inveja de mim e eu de vc, pq as tiradas q vc tem, a sacação do instante, do polaroid... porra... foda!!!