sábado, 9 de agosto de 2008

retratos insípidos




Envolto em tristeza e solidão Juarez levanta-se e dirige os olhos ao criado-mudo... nele resta alem de um abajour que não funciona, o retrato da amada, Clara... que há muito o havia deixado, e por quem ainda nutria grande afeição... a real e única dona de toda as suas lágrimas, toda sua dor e toda a sua aflição.

Segue Juarez sua sina... carregando sua cruz... sem se importar com o eco que vem do corredor...

Alheio aos comentários maliciosos que ele sabe serem tecidos nos corredores do Borba, Juarez... abre sua caixa de recortes e fere-se mortalmente com lembranças do passado, de uma passado que ele julgava adormecido, quase extinto.

Olhando aqueles recortes insípidos, Juarez, pensa mais uma vez em sua amada imortal, Clara. Como se ele já não fizesse isso todos os dias do seu sorumbático viver.

Na vitrola agora está tocando um velho disco empoeirado do Cauby... ele interroga-se: "porquê”?

Inconsolado e sem a resposta para a pergunta de sua vida, larga-se exausto no divã de sua sala, entre os recortes de Clara, os recortes de sua vida...

2 comentários:

Gabriela. disse...

Ah, Juarez ainda está bem. Vou me preocupar [e até recomendar suicídio] quando ele começar a ouvir Wando!

On disse...

wando é foda... ainda bem q nao é, senao a novelinha ja teria acabado no segundo capitulo... huahauhauahuahauhuahau